São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995 |
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Organizadas assustaram fiéis
ENIO MACHADO
Representantes de dez torcidas organizadas se reuniram na basílica para rezar pela paz nos estádios. Cerca de 450 torcedores com camisas de clubes e bandeiras invadiram a igreja e se encaminharam para o altar central. "No começo, fiquei assustada e sem saber o que estava acontecendo. Só depois que o padre falou é que eu fui entender", disse Ana Maria Souza Rodrigues, de Heliodora (MG). O personagem mais badalado na caravana das torcidas foi o presidente da Mancha Verde, Paulo Serdan. Ao chegar ao ônibus de sua torcida, Serdan logo foi cercado por torcedores de várias organizadas. A maioria queria saber a situação judicial da torcida. A Folha acompanhou a viagem no ônibus da Mancha Verde. A maioria dos homens e mulheres tinha idade em torno dos 22 anos. Não houve tumulto. Na saída, eles cantaram o hino do clube e arriscaram alguns coros, como "Porco, porco, eu sou da Mancha". Os torcedores se esforçaram em defender a imagem das organizadas. "Frequento os estádios com a organizada há sete anos e nunca fui desrespeitada pelos companheiros de torcida", afirmou a estudante de processamento de dados Fabiana Camargo, 18. A Folha retornou com o ônibus da Torcida Jovem, do Santos. Os torcedores, cansados e com fome, voltaram também sem tumultos. "Foi legal. Só espero que dê resultados", disse a estudante Alessandra da Silva Santos, 11 anos. A viagem terminou no estádio do Canindé, onde jogavam Portuguesa e Santos. Como os torcedores estão proibidos de entrar nos estádios com camisas das organizadas, eles ficaram do lado de fora, esperando o fim do jogo. Texto Anterior: Torcidas tentam reativar Mancha Próximo Texto: Palmeiras bate Corinthians no 'jogo da paz' e é o líder Índice |
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