São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Cirurgia trata casos de surdez total
LUIZ MALAVOLTA
Segundo o médico Orozimbo Alves Costa, 58, responsável pelo Centro de Pesquisas Audiológicas da USP, 32 pacientes de todo o Brasil já foram operados. Até o final deste ano, outros dez receberão o "implante coclear", que consiste na instalação atrás da orelha e sob a pele de um equipamento eletrônico. Esse equipamento é um minúsculo receptor eletrônico de som, com um fio que contém um feixe de 22 canais de eletrodos (pequenos filamentos). É instalado na cóclea (parte interna do ouvido). Os eletrodos transmitem os sinais sonoros para a cóclea. No lado externo, uma pequena antena, de 33 milímetros de diâmetro, transmite para o receptor sinais de radiofrequência captados por um microfone fixado atrás da orelha. Os sinais são processados por um radiotransmissor, que funciona a pilha e pode ser usado no bolso. Entre os especialistas, o sistema é chamado de "implante coclear multicanal". A cirurgia dura em média de três a quatro horas e a cicatrização leva um mês. Só depois dessa fase é que o equipamento pode ser ligado, após testes feitos com um computador. O Hospital de Reabilitação dá preferência para operar crianças. Segundo a fonoaudióloga Maria Cecília Bevilacqua, 48, "a criança que nasce com surdez total pode aprender a falar". O superintendente do hospital, José Alberto de Souza Freitas, 53, disse que o equipamento usado no implante é importado. "Com a cirurgia, o custo vai de R$ 28 mil a R$ 30 mil. A previdência paga R$ 12 mil. O resto é pago por convênios feitos pela USP", afirma. Hospital de Reabilitação da USP - Rua Silvio Marchione, 3-20, Bauru (SP). Tels. (0142)24-3177 e 23-5688. Texto Anterior: Chuvisco atinge Brasília Próximo Texto: 'O silêncio é terrível' Índice |
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