São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
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Diretor da Polinter e coronel são afastados
DA SUCURSAL DO RIO As regalias a bicheiros e policiais presos na cadeia Ponto Zero resultaram no afastamento do diretor da Polinter (Polícia Interestadual), Alcides Iantorno de Jesus, e do comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto Ferreira de Oliveira.O secretário estadual da Segurança Pública, general Nilton Cerqueira, determinou os afastamentos após o resultado das vistorias realizadas nas celas do Ponto Zero pelo inspetor-geral da secretaria, delegado Manoel Vidal. Para dirigir a Polinter -órgão da Polícia Civil responsável pelo Ponto Zero- foi nomeado o delegado Celso Paulo Bezerra, que trabalhava na 39ª DP (Delegacia de Polícia), na Pavuna (zona norte). O coronel Vinícius Cavalieri é o substituto de Oliveira, transferido para o setor administrativo da PM. Os advogados Wilson Lopes dos Santos e Luís Guilherme Vieira disseram que vão entrar com recursos judiciais para que os bicheiros Castor de Andrade e Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, cumpram pena em condições "mais confortáveis". Castor, Guimarães e José Petrus Kalil, o Zinho, foram transferidos na semana passada da Polinter -onde estariam em salas com ar-condicionado e geladeira, recebendo visitas e alimentação especiais- para o Ponto Zero. "Meu cliente precisa de ar-condicionado por questões de saúde", afirmou Santos, que defende Castor. Vieira, advogado do Capitão Guimarães, disse que a prisão do Ponto Zero "é uma favela". O delegado Vidal disse que está em estudo uma nova transferência dos bicheiros para a unidade Pedrolino Verling de Oliveira, no complexo penitenciário Frei Caneca. Texto Anterior: 'Parecia a Bósnia ou o Vietnã' Próximo Texto: Oficiais da PM contestam secretário da Segurança Índice |
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