São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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Procura por poços artesianos dobra devido ao desabastecimento

DA FT

As empresas especializadas em poços artesianos -que captam água subterrânea localizada a profundidades entre 100 m e 300 m- estão tendo lucro dobrado por causa da falta de água.
Segundo o geólogo Renivaldo Deguzzi, da perfuradora de poços Aguabrás, a procura dobrou no último mês. A empresa está perfurando 11 poços por mês. O poço fica pronto em 15 dias e custa de R$ 15 mil a R$ 30 mil.
O geólogo Eugênio Pereira, da Politi, também diz que a procura dobrou. "Estamos abrindo de 15 a 20 poços por mês", afirmou.
"Quem tem poço paga metade da conta de água, só pelo serviço de esgoto", disse Paulo Pinho, do Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado.
Segundo a Sabesp, todos podem buscar alternativas para a falta de água, mas a água dos poços não tem controle rígido, o que pode causar contaminação.
Os moradores do condomínio Piazza de Trevi, na Vila Nova Conceição (zona sul), decidiram ter um poço artesiano para acabar com o problema da falta de água.
O poço, que custou R$ 35 mil e tem 195 m de profundidade, deve ficar pronto na próxima semana. O custo foi dividido entre os moradores dos 14 apartamentos.
"Quando falta água, somos obrigados a pedir um caminhão-pipa de 15 mil litros por semana, que custa cerca de R$ 500", disse o zelador Vivaldo Carvalho, 50.

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