São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
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BC mantém juro mesmo com deflação
RODNEY VERGILI
O mercado está atento à possibilidade de reajuste nas tarifas públicas (telefonia, eletricidade). Há quem acredite que os juros ficarão próximos a 3% ao mês até o final do ano, pois o governo teme o crescimento no consumo neste segundo semestre e quer espaço para reajustar as tarifas públicas sem impacto significativo nas taxas de inflação. O governo está mantendo o juro do over no dia-a-dia, mas derrubando nas colocações em leilão de títulos públicos. Ontem, a taxa over foi de 4,22% em dias úteis para os prazos de 35 e 56 dias. O BC retirou cerca de R$ 4 bilhões de circulação na economia, por meio da venda dos títulos públicos. O programa de reativação da economia japonesa produziu nova desvalorização do iene. O dólar estava cotado ontem a 104,16 ienes, contra 103,72 ienes no dia anterior. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,85%. As exportações garantiram fluxo cambial positivo de US$ 72,87 milhões no dia 18. As cotações do dólar estiveram estáveis. No mercado acionário, há expectativa de privatização da Vale do Rio Doce no segundo semestre de 1996, gerando recursos para o governo entre R$ 12 bilhões e R$ 14 bilhões. A expectativa é de que a Telesp seja vendida antes da Vale. O índice da Bolsa paulista registrou valorização de 0,20%. O volume de negócios foi de R$ 279,8 milhões, contra R$ 356,2 milhões no dia anterior. Apenas um grande banco nacional foi responsável no dia anterior por 46% do volume de negócios por meio de uma operação de renda fixa ("box"), utilizando-se o mercado de opções. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,102%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,90% para dias úteis, significando rendimento de 3,32% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,85% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,29% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,7476%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 26% e 44,50% ao ano. CDBs pós-fixados entre 15% e 16% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,52% ao mês, projetando rentabilidade de 3,74%. Para 30 dias (capital de giro): entre 47% e 102% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 0,20%, fechando com 48.612 pontos e volume financeiro de R$ 279,8 milhões. Rio: queda de 0,1%, encerrando a 21.472 pontos e movimentando R$ 34,7 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.767,04 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.630,10 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou a 18.474,38 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,952 (compra) e R$ 0,953 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,951 (compra) e por R$ 0,953 (venda). "Black": R$ 0,953 (compra) e R$ 0,962 (venda). "Black" cabo: R$ 0,953 (compra) e R$ 0,958 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,960 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,04%, fechando a R$ 11,81 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 18 foi positivo em US$ 940,52 milhões. As saídas financeiras foram maiores que as entradas de dólares em US$ 207,93 milhões. O saldo total está positivo em US$ 732,59 milhões. No exterior Segundo a "UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5453 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4877 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,16 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para setembro fechou a 3,23% no mês e para outubro a 2,99% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 49.900 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para setembro fechou a R$ 0,960 e a R$ 0,972 para outubro. Texto Anterior: Investidores dos EUA querem aplicar US$ 2 bilhões em empresas no Brasil Próximo Texto: Supermercados negociam prazo maior Índice |
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