São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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Senado dos EUA aprova restrições a ganhos sociais

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O Senado dos Estados Unidos aprovou ontem, por 87 votos a 12, várias restrições aos benefícios da previdência social no país.
Projeto ainda mais radical já havia sido aprovado pela Câmara dos Representantes (deputados).
As duas casas do Congresso agora vão conciliar os projetos em um só e levá-lo para a sanção do presidente Bill Clinton.
Senado e Câmara coincidem em alguns pontos: limitar o período de tempo que cada família pode usufruir do seguro-desemprego (cinco anos), impedir o acesso da maior parte da previdência a imigrantes (mesmo os legais), e pôr fim ao compromisso do governo federal de sustentar filhos de mãe solteira.
Clinton havia prometido vetar o projeto da Câmara, mas elogiou a versão do Senado, que teve o apoio dos conservadores do Partido Democrata (governo).
O projeto da Câmara acaba com o auxílio financeiro a mães solteiras adolescentes e impede o aumento da pensão para as que tiveram outros filhos quando já recebiam benefício.
Senado e Câmara também concordaram em exigir dos Estados que cassem carteiras de motoristas e licenças profissionais de pais que deixem de pagar pensão aos seus filhos após o divórcio.
O senador democrata Edward Kennedy, que votou contra o projeto, disse: "O dia de hoje passará para a história como aquele em que o Senado voltou as costas para as crianças dos EUA".
O que possibilitou a adesão de diversos senadores democratas ao projeto da oposição foi deixar os Estados decidir sobre a maior parte das restrições à previdência.

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