São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1995 |
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Policiais demonstram revolta
SERGIO TORRES
Antes de entrar na Academia de Polícia, o inspetor Franklin Bertoldo Vieira, 48, mostrou as medalhas Pedro Ernesto -outorgadas pela Câmara do Rio- e de Devoção à Polícia Civil. "São medalhas que ganhei por bons serviços prestados à sociedade. Se for exposto a alguma humilhação, jogarei as medalhas fora." Vieira, que chefiava o setor de investigações da DAS à época do desaparecimento de Jorge Carelli, disse temer que Lindalva aproveitasse a situação para se vingar dos policiais que a prenderam. "A vida toda fiz de tudo para não passar por isso. Nunca tive punição. Só elogios. Se fosse reconhecido, estaria arruinado", afirmou Vieira, policial há 27 anos. O inspetor Horácio Reis, 50, também demonstrou indignação. Em carta de protesto entregue na segunda-feira à corregedoria, qualificou Lindalva como "ex-prostituta, marginal e sequestradora". Ele reclamou da forma como foi feita a acareação. "Ela deveria descrever os acusados. Depois colocariam gente parecida para ver se ela os reconhecia", disse Reis, policial há 20 anos. (ST) Texto Anterior: Presa acusa 5 policiais de tortura Próximo Texto: Cúpula da Polícia Civil afasta mais um delegado Índice |
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