São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995
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Social-democracia alemã faz elogio

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL A BONN

O "neo-social" Fernando Henrique Cardoso ganhou ontem um selo de aprovação como social-democrata, aplicado por Rudolf Scharping. Trata-se do presidente do SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha), o mais importante dessa corrente em todo o mundo.
Depois de se reunir com FHC, Scharping disse que o brasileiro está "tendo uma prática e trabalhando como um social-democrata". À pergunta direta: "Considera o presidente um social-democrata", Scharping respondeu: "Primeiro, ele é um democrata. Com sensibilidade social, o que desperta uma grande simpatia".
Scharping disse também que, "às vezes, é interessante ver alguém que tem sucesso eleitoral" nessa área social-democrata.
Traduzindo: a social-democracia alemã apostou no Brasil primeiro em Leonel Brizola e no PDT e, mais recentemente, em Lula e no PT.
O líder social-democrata alemão disse ainda que "é familiar" aos alemães a tese do governo brasileiro, que interpretou como "reengenharia e reinvenção do Estado".
Outro tema "familiar" entrou na conversa com Wolfgang Gerhardt, presidente do FDP (Partido dos Democratas Livres, os liberais locais). Foi o piso de 5% para que um partido possa ter representante no Parlamento, cláusula vigente na Alemanha e aprovada anteontem no Brasil.

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