São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995
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Ministro despacha no hospital

EMANUEL NERI; XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Fiel ao seu estilo "trator", o ministro Sérgio Motta venceu as resistências de seus médicos e obteve autorização para despachar com três de seus auxiliares em pleno leito de hospital.
A reunião ocorreu ao meio-dia da última quarta-feira. Deitado em uma cama do setor de terapia semi-intensiva do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Motta conversou com seus auxiliares por mais de uma hora.
Motta deu ordens aos auxiliares para que sua ausência não interrompesse os projetos do ministério, entre eles o novo código de telecomunicações.
O ministro discutiu ainda as novas tarifas do setor.
A autorização inicial dos médicos era de que a conversa demorasse no máximo trinta minutos.
Desde que melhorou do infarto, Motta queria receber jornais e revistas. Pediu também rádio e TV.
Os médicos foram cedendo aos poucos. Primeiro, autorizaram a leitura de livros.
Motta optou por "Chatô - O Rei do Brasil", de Fernando Moraes, sobre a vida do jornalista Assis Chateaubriand.
O ministro também ouvia músicas clássicas.
A segunda permissão surgiu depois de uma conclusão dos médicos. Se não autorizassem a reunião do ministro das Comunicações com seus auxiliares, poderia aumentar o nível de ansiedade do ministro.
Autorizada a reunião, o próprio Motta deu ordens para que seus auxiliares pegassem o primeiro avião de Brasília para São Paulo.
Eles chegaram ao hospital pouco depois das 11h.
Reuniram-se com Motta o secretário-geral do Ministério das Comunicações, Fernando Xavier Ferreira; o chefe de gabinete, José Lucena; e o chefe da Assessoria Especial, José Expedito Prata.
(Emanuel Neri e Xico Sá)

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