São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995 |
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Polícia apura queda de muro em estádio
DA FOLHA VALE; DA REPORTAGEM LOCAL A Polícia Civil de Taubaté (134 km a nordeste de São Paulo) instaurou inquérito policial para apurar responsabilidades pela queda de um muro do estádio Joaquim Morais Filho, que deixou 14 pessoas feridas anteontem, após o jogo entre Corinthians e Vitória-BA.A queda do muro, que separa a arquibancada do fosso do estádio, ocorreu quando o lateral-direito Vítor, do Corinthians, jogou a camisa do clube para a torcida. Os torcedores desceram os degraus da arquibancada para tentar pegar a camisa e a pressão fez com que o muro rompesse. Mais de 20 pessoas caíram no fosso. "Pulei no fosso e ajudei no socorro. Foi uma coisa muito triste. Me senti culpado por ter jogado a camisa", disse Vítor. O delegado titular do 1º Distrito Policial, Célio José da Silva, 44, disse que a Polícia Técnica deve fazer hoje uma perícia para verificar as condições muro. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído. A data da divulgação do laudo da Polícia Técnica não está definida. O presidente do Taubaté, Antonio Roberto Paolicchi, entende que o clube não tem responsabilidade pelo acidente. Segundo ele, o estádio Joaquim de Morais Filho foi aprovado pelas vistorias da Polícia Militar, dos engenheiros da prefeitura e da Federação Paulista de Futebol (FPF). "Não existe um responsável direto pelo acidente. O muro simplesmente não suportou a pressão dos torcedores", disse. O presidente da FPF, Rubens Approbato Machado, concordou com Paolicchi. "O estádio passou pelas vistorias exigidas e tinha condições de abrigar a partida." Segundo Approbato, o estádio do Taubaté ficará interditado até o final das reformas do muro. Ontem, uma equipe de engenheiros vistoriou o local do acidente e autorizou o começo dos reparos. Segundo Paolicchi, as reformas ficarão prontas amanhã. A queda do muro no estádio do Taubaté deixou 14 pessoas feridas. Dez delas foram levadas ao hospital Universitário e o restante ao hospital Santa Isabel de Clínicas. Segundo a supervisão do hospital Universitário, a maioria dos torcedores sofreu ferimentos leves e foi liberada após o atendimento. A diretora do hospital Santa Isabel de Clínicas, Marilda Prado, afirmou que, dos quatro torcedores internados, apenas um ficou em observação: a estudante Luciene Silva, que sofreu um corte na cabeça e só foi liberada ontem. *Com a Reportagem Local Texto Anterior: Briga fere palmeirense Próximo Texto: Amorim aprova nova marcação corintiana Índice |
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