São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 1995![]() |
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Clinton quer imponência
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Embora tenha posado de conciliador entre o palestino Iasser Arafat e o israelense Yitzhak Rabin, Clinton teve muito pouco a ver com o tratado que pôs fim a 45 anos de hostilidades entre palestinos e israelenses. O governo dos EUA foi colocado praticamente à margem das negociações secretas entre Israel e OLP realizadas durante oito meses em Oslo, Noruega. Mas na hora de celebrar a assinatura do histórico acordo, as duas partes quiseram que a cerimônia se realizasse na Casa Branca, símbolo do comando da única superpotência do mundo pós-Guerra Fria. Clinton se aproveitou das circunstâncias, comandou o espetáculo como se fosse iniciativa sua, embora só tenha sido o responsável pelo famoso aperto de mãos que materializou a paz no Oriente Médio. Nos anos seguintes, a administração Clinton vem agindo com obstinação para manter os cronogramas acertados em setembro de 1993, com pouco êxito. A notícia de ontem não poderia ter vindo em melhor momento para Clinton, que já começou a arrecadar fundos para sua campanha. Até a noite de ontem, a Casa Branca ainda não havia divulgado planos sobre a liturgia da cerimônia. Ela não será tão pomposa quanto a de 1993, mas com certeza terá a maior imponência possível por decisão de Clinton. Texto Anterior: Israel e OLP conseguem acordo sobre a Cisjordânia Próximo Texto: Pontos principais do acordo Índice |
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