São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995 |
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Tucanos já fazem críticas
LUCAS FIGUEIREDO
Em Brasília, os dois exigiram medidas concretas em favor dos Estados em troca do apoio ao governo federal. Alencar vinculou o apoio à reforma tributária a uma renegociação das dívidas com os Estados. "Ela (a renegociação) deve vir antes da reforma. Com a cabeça quente, ninguém negocia." O governador do Rio chamou de "seres extra-terrestres" os técnicos do governo que elaboraram a proposta de reforma tributária. "Os ETs podem pensar o que quiserem, mas, na hora de decidir, tem de ser com gente simples como nós, que aperta as mãos das pessoas nas ruas", afirmou Alencar. Ele disse que o governo deve substituir o tom técnico usado até agora pela negociação política nas questões relacionadas aos Estados. Apesar de ser aliado do presidente FHC, o governador de Minas Gerais também fez críticas ao governo. "A reforma tributária está mais prejudicando os Estados do que propriamente beneficiando", disse ele. Azeredo disse que a manutenção do Fundo Social de Emergência significa continuar tirando recursos dos Estados. Ele disse que Minas está desembolsando R$ 20 milhões por mês em pagamentos de juros da dívida com títulos do governo. "É muito dinheiro para nossa situação", afirmou ele. Azeredo rejeitou propostas que provoquem perdas para os Estados e reivindicou a renegociação das dívidas estaduais: "Nós não temos realmente condições de abrir mão de recursos, porque os Estados estão realmente com as suas economias bem combalidas. Se nós pudermos nos liberar de algumas dívidas, será muito bom para o Estado". Alencar também criticou a proposta do governo de acabar com a cobrança de ICMS em operações de exportação: "Isso é complicado. O ICMS é o ponto de apoio de todos os Estados". Texto Anterior: FHC se dispõe a negociar dívidas estaduais Próximo Texto: Tucanos já fazem críticas Índice |
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