São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995 |
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Dossiê da PM liga sem-terra a guerrilheiros
PAULO FERRAZ
No meio do farto material apreendido durante a reintegração de posse das fazendas Jangada e Ribeirão dos Bugres, em Getulina (SP), invadida pelos sem-terra em 93, a PM diz ter encontrado cartilhas impressas pelo MST. Uma delas seria uma tradução fiel de documento elaborado pelos sandinistas. Cartilha Na introdução do dossiê, o ofício PM2-130/P.O/93, datado de 1º de dezembro de 1993, dirigido ao então ministro da Justiça, Maurício Corrêa, relata a apreensão da cartilha e cita alguns de seus itens, inclusive as suas palavras finais. O ofício é assinado pelo então comandante da PM, coronel João Sidney de Almeida. Outro documento que faz parte do dossiê é o relatório CPChq- 026/03/93, datado de 22 de novembro de 1993 e assinado pelo então comandante do Policiamento de Choque, coronel Carlos Augusto de Mello Araújo. No relatório, o coronel Mello Araújo faz um apanhado dos "Antecedentes Sócios-Políticos" (sic) do MST e afirma que o movimento "possui em seus quadros pessoal com treinamento em Cuba e especialistas em armadilhas". O relatório afirma que "a invasão das fazendas Jangada e Ribeirão dos Bugres é extremamente preocupante, pois a organização demonstrada pelo MST, sem dúvida, no futuro, trará graves consequências...". Sendero O Ministério do Exército também investiga a suposta infiltração de militantes do Sendero Luminoso, movimento guerrilheiro peruano, entre os sem-terra. A direção do MST nega qualquer vínculo no movimento com guerrilheiros latino-americanos e afirma que as acusações são uma forma de tentar pôr em descrédito a luta dos sem-terra. Texto Anterior: Deputado quer terras do BB Próximo Texto: Deputados ignoram conteúdo de emenda Índice |
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