São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Mulheres são contra os ônibus exclusivos

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura anunciou ontem que está realizando uma pesquisa de opinião pública para saber se as paulistanas sofrem assédio sexual nos ônibus.
O anúncio foi feito pelo secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, após se reunir com um grupo de 20 mulheres representantes de sindicatos, associações de bairro e categorias profissionais.
A reunião foi convocada pelo próprio secretário, para discutir medidas para reduzir o assédio sexual nos ônibus. Durante o encontro, as mulheres afirmaram serem contra a criação de ônibus exclusivos, nos mesmos moldes adotados este mês pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
A proposta de consenso entre as entidades de mulheres representadas na reunião foi a de fazer campanhas educacionais como forma de combater o assédio masculino.
Algumas das mulheres presentes afirmaram que já passaram por situações constrangedoras dentro de ônibus. Francisca Rosa dos Santos, da Sociedade Amigos do Bairro de Sapopemba, contou que uma vez sofreu assédio sexual no ônibus e pediu ajuda ao cobrador. "Ele disse que não poderia me ajudar e eu fiquei sem ter como reagir", disse.
Segundo o secretário Toledo, o problema do assédio sexual nos ônibus é menor do que nos trens.

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