São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Gasolina aumenta 11,1% em SP

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anunciou ontem um reajuste médio de 13% nos preços do álcool e da gasolina, a partir da zero hora de amanhã.
Este é o primeiro reajuste nos preços desde julho do ano passado, no lançamento do Plano Real.
Os percentuais vão ser diferenciados para cada região do país, de acordo com a proximidade das refinarias.
Na área metropolitana de São Paulo, o reajuste vai ser de 11,11%. Em cidades distantes das refinarias, como Brasília, o preço pode subir até 19%.
O diretor do DNC (Departamento Nacional de Combustíveis), Ricardo Pinto Pinheiro, disse que ainda estão sendo calculados os índices de aumento, cidade por cidade, e que eles serão publicados amanhã, por meio de portaria.
O óleo diesel vai ter reajuste uniforme para todo o país, de 11,11%. Os demais derivados de petróleo -exceto o GLP (gás de cozinha)- vão subir 13% em todas as localidades.
O último aumento nos preços do álcool e da gasolina aconteceu em 1º de julho de 94. Como os preços foram convertidos para URV (Unidade Real de Valor) em 14 de maio de 94, ocorreram reajustes semanais até 1º de julho.
Às vésperas das eleições presidenciais do ano passado, o então presidente Itamar Franco autorizou redução de 2% nos preços da gasolina e do álcool -além de outros tipos de óleo- e de 4% no preço do GLP.
Os adversários do então candidato Fernando Henrique Cardoso (PSDB-PFL-PTB), que fora ministro da Fazenda do ex-presidente Itamar, afirmaram na época que a medida beneficiava a sua candidatura, que tinha o apoio do Palácio do Planalto.
Pinheiro disse que os índices variados de reajuste se devem ao fim de parte do subsídio cruzado para os fretes de combustíveis. Até hoje, o custo de transporte era equalizado, isto é, dividido igualmente pelas várias regiões do país.
A partir de amanhã, as localidades mais próximas das refinarias vão pagar fretes menores. Ele disse, no entanto, que vão ser mantidos os subsídios para o transporte feito por barcos, que atende, principalmente, o Norte e o Nordeste.
O governo também atendeu a parte das reivindicações dos transportadores de combustíveis (tanqueiros) e donos de postos, que queriam fatia maior nos lucros obtidos pelo setor.
A margem de lucro dos tanqueiros vai ficar 30% maior e a dos postos, 28%. A participação dos distribuidores se mantém inalterada. Do aumento médio de 13%, a Petrobrás vai ficar com apenas 6%, relativos à variação cambial.
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sobre combustíveis na página 2-7

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