São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bolsa mexicana acumula perda de 4,3%

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

Ontem, o mercado financeiro mexicano voltou a sofrer pressões cambiais e bursáteis. A Bolsa caiu 2,3% e o dólar, que chegou a recuar 2%, recuperou-se e fechou o dia com queda de 1,3%.
Durante a semana passada, a Bolsa havia caído 2%. A queda acumulada atingiu ontem 4,3%.
Para especialistas, as pressões se devem à alta de 10% nos preços da "tortilla" (base da alimentação mexicana) e do açúcar.
Segundo Robert Pelosky, diretor de análises da Morgan Stanley, não há com que se preocupar. "A Bolsa mexicana terá alta de 35% nos próximos 15 meses e o PIB (Produto Interno Bruto) do país crescerá 2,3% em 96", afirmou.
A publicação inglesa "The Economist" também está otimista. "O peso se manterá abaixo dos sete por dólar durante todo o mandato do presidente Ernesto Zedillo", diz texto da última edição. Ontem, o dólar foi vendido a 6,45 pesos.
Banco Mundial
O México recebeu US$ 2,4 bilhões do Banco Mundial no ano fiscal de junho de 94 a junho de 95. O país foi o segundo maior receptor de créditos da instituição em 94, atrás apenas da China, que recebeu US$ 3 bilhões. A Índia ficou em terceiro lugar, com US$ 2,1 bilhões, a Rússia em quarto (US$ 1,7 bilhão) e a Argentina em quinto (US$ 1,4 bilhão).
Grande parte dos empréstimos concedidos pelo Banco Mundial ao México e à Argentina foi utilizada para recapitalizar o sistema financeiro de ambos os países.
No total, a instituição outorgou US$ 6 bilhões em empréstimos a países da América Latina e Caribe.
Segundo o informe anual do Banco Mundial, a América Latina registrou no último ano o maior índice de crescimento econômico da década: 4,2%.

Texto Anterior: Recessão e desemprego
Próximo Texto: Chile cresce 9,4% em julho
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.