São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995
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Escelsa demite 25% dos empregados

DA SUCURSAL DO RIO

A Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas) demitiu 620 empregados, cerca de 25% da sua força de trabalho total, por meio de um programa de demissões incentivadas iniciado no último dia 11. A empresa foi privatizada em julho deste ano.
O diretor administrativo e financeiro da Escelsa, Paulo Roberto Zibetti Jorge, disse à Folha que o programa está concluído. Antes dele, a Escelsa tinha 2.500 empregados.
As demissões, segundo Zibetti, fazem parte de um programa de reestruturação da empresa, conduzido pela consultoria Applied do Brasil. No âmbito do programa, a Escelsa reduziu seu número de diretorias de quatro para duas.
Para estimular os empregados à demissão voluntária, a empresa ofereceu meio salário por ano trabalhado, até o limite de 24 anos; manutenção, por seis meses, de assistência médica e seguro de vida; e pagamento integral por até cinco anos da contribuição do empregado para seu fundo de pensão, para fins de aposentadoria.
O parágrafo único do artigo 50 do decreto 1.024, que trata das privatizações, estabelece que a empresa que reduzir pessoal após ser privatizada terá de treiná-lo por seis meses para realocação no mercado.
Segundo Zibetti, para a Escelsa, isso não se aplica a demissões incentivadas. Essa é a interpretação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor das privatizações.

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