São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995 |
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Vitórias trazem prejuízo maior à Portuguesa
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A reclamação parte da diretoria do clube, inconformada com a situação financeira da Portuguesa. "Quando vencemos, temos que pagar o bicho aos jogadores, o que aumenta o prejuízo", disse o diretor de futebol, Fernando Gomes. Na derrota para o União, em Araras, o público foi de 246 pagantes e a renda, de R$ 2.075,00. "Perdemos uns R$ 10 mil. Se vencêssemos, perderíamos o triplo", afirmou o diretor, referindo-se ao pagamento de prêmios. Na goleada sobre o Bahia, no Canindé, para 1.829 pagantes e uma renda de R$ 17.550,00, o prejuízo, segundo o presidente em exercício, Amílcar Casado, foi de R$ 30 mil. O time que vence fica com 60% da renda líquida, o que perde, com 40%. "Como as arrecadações têm sido muito baixas, não está compensando vencer", ironizou Lauro Paroni, assessor de imprensa. Segundo ele, a folha de pagamento da Portuguesa é de cerca de R$ 100 mil e o prejuízo acumulado no Brasileiro, de R$ 150 mil. A média de público do time no campeonato é de 4.463 pagantes e a de renda bruta, de R$ 37.286,25. Após oito jogos, o público da Portuguesa foi de 35.706 pagantes. O maior público foi na estréia, em Recife, contra o Sport, quando 11.434 pessoas pagaram ingresso para assistir ao jogo. Em São Paulo, foi o da clássico contra o Santos (4.477 pagantes). (JCA) Texto Anterior: Polícia e clubes brigam por causa das torcidas Próximo Texto: Conceição deve ser desfalque no Palmeiras Índice |
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