São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 1995
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Marília põe indigentes para trabalhar na roça

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Andarilhos e mendigos de Marília (443 km de SP) estão sendo obrigados a trabalhar se quiserem receber comida e assistência.
A Fumares (Fundação Mariliense de Recuperação Social), órgão da prefeitura, recolhe os mendigos da rua. Eles são levados para um sítio onde a entidade mantém uma horta e criação de animais.
Aos mendigos que não querem trabalhar, são sugeridas as alternativas de procurar trabalho, a família ou oportunidade em outras cidades. Os que queiram viajar recebem da fundação passe de trem da Fepasa (Ferrovias Paulistas).
Segundo a coordenadora de Ação Social da entidade, Cássia Marina da Silva, Marília recebe de 30 a 35 andarilhos por dia.
Atualmente, 42 pessoas trabalham no sítio. Segundo Silva, quem aceita trabalhar pode ficar o tempo que quiser na entidade, até conseguir emprego ou localizar a família. Ela diz que a Fumares providencia a emissão de documentos para quem quer deixar as ruas e conseguir emprego.

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