São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 1995
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Inflação em SP é a menor desde fevereiro

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A inflação continua em queda em São Paulo. Nos últimos 30 dias terminados em 22 deste mês, os preços acumularam reajuste de 0,66% -a menor taxa desde o início de fevereiro (0,54%). Na segunda quadrissemana deste mês (últimos 30 dias até 15 de setembro), a alta tinha sido de 0,7%.
Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que pesquisa preços no município de São Paulo entre as famílias com renda de até 20 salários mínimos (R$ 2.000,00).
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, Heron do Carmo, diz que a queda da taxa se deve aos alimentos. Eles ficaram 0,23% mais baratos na quadrissemana. É a primeira queda de preços que o setor registra no segundo semestre.
A próxima taxa a ser divulgada pela Fipe, no entanto, voltará a subir. A taxa, que mostrará a evolução dos preços em setembro, deve ficar próxima de 0,7%
A alta se deve à nova pressão do vestuário, por causa da chegada às lojas de produtos da moda primavera-verão, e ao aumento dos combustíveis.
O aumento dos combustíveis pesa de imediato no bolso do consumidor. Com isso, a pressão na taxa de inflação começa já em setembro. Os combustíveis serão responsáveis por 0,52 ponto percentual na taxa dos próximos 30 dias: 0,07 ponto neste mês e 0,45 ponto em outubro.
Se for confirmada a previsão de 0,7% para este mês, setembro terá a menor taxa mensal de inflação do Plano Real. No próximo mês, no entanto, a situação se inverte e a taxa sobe para 1,5%. Outubro é sempre um período de pressão, devido à entressafra da carne, um dos itens que mais pesam na composição do índice.
Heron do Carmo não espera uma aceleração tão acentuada nos preços da carne como nos anos anteriores, quando, nesta época, já estavam sendo reajustados no atacado. Neste ano, os preços ainda se mantêm estáveis, afirmou.
A taxa de inflação de outubro receberá, também, pressão do setor de educação, devido à antecipação de matrículas para 96.
Apesar desses aumentos, o coordenador do IPC da Fipe não vê grandes problemas pela frente. A exceção é o aluguel, que mantém reajuste de 7,7%, acima da taxa média de inflação.

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