São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 1995
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Malan quer ampliar o prazo dos consórcios

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pressionado por trabalhadores e empresários, o ministro Pedro Malan (Fazenda) acenou ontem com a flexibilização do crédito e com a ampliação do prazo dos consórcios de automóveis.
Malan recebeu representantes de sindicatos de trabalhadores e de entidades patronais de São Paulo, que protestaram contra o aumento do desemprego.
Eles pediram redução dos juros, diminuição do compulsório dos bancos recolhido ao Banco Central e aumento do prazo dos consórcios de seis meses para 50 meses.
"Estes assuntos estão em discussão e espero uma solução para muito breve", disse o ministro após o encontro, que durou cerca de quatro horas.
A Folha apurou que Malan, ainda ontem, determinou ao BC apressar os estudos para a ampliação do prazo dos consórcios de automóveis, provavelmente para 12 meses, em um primeiro momento.
Antes de começar o encontro com Malan, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (ligado à Força Sindical), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, chegou a ameaçar com paralisação geral na capital paulista -caso o governo não reverta o quadro de demissões das indústrias.
Paulinho disse à Folha que conversou por telefone com o presidente Fernando Henrique Cardoso na terça-feira e ele garantiu que fará um aceno às reivindicações ainda nesta semana.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (ligado à CUT), Heiguiberto Navarro, o Guiba, pediu também a intervenção do governo nas demissões das montadoras no interior paulista.
Ao final da reunião, Malan telefonou para o ministro Paulo Paiva (Trabalho) para discutir alternativas junto aos setores que apresentam maiores problemas na taxa de desemprego -têxtil, calçados e autopeças.

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