São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Calcanhoto monta sua fábrica do poema

JOANA GELPI MARCONDES
DA REDAÇÃO

Show: A Fábrica do Poema
Com: Adriana Calcanhoto
Quando: amanhã, sábado e domingo, às 21h
Onde: Tuca (r. Monte Alegre, 1.024, tel. 873-3422, Perdizes, região oeste de São Paulo)
Quanto: R$ 25
"A Fábrica do Poema", novo show da cantora gaúcha Adriana Calcanhoto, estréia amanhã, às 21h, no Tuca.
Há quase três anos sem se apresentar na cidade, Adriana mostrará aqui, em apenas três apresentações, o show que já percorreu algumas das principais capitais do país, como Brasília, Curitiba e Salvador.
Desta vez, desarmada do banquinho e violão, a cantora entra em cena munida de uma banda inteira.
"Desde 89 venho me apresentando só com violão. Mas ter uma banda é ótimo, me deixa livre no palco", diz ela.
O repertório do show mescla músicas dos dois últimos discos de Adriana: "Senhas" e "A Fábrica do Poema".
O disco "A Fábrica do Poema", lançado no final de 94, aparece em peso. Dele estão presentes músicas como "Estrelas", "Minha Música" e "Tema de Alice".
Entre as 22 músicas que compõem o espetáculo, estão também sucessos exaustivos como "Grafites", "Esquadros" e "Senhas", música que dá nome ao segundo disco da cantora e que foi tema da atriz Adriana Esteves na novela "Renascer", da Rede Globo.
Calcanhoto conta que escolheu algumas músicas conhecidas, ainda inéditas na sua voz, e fez arranjos especiais para que só pudessem ser tocadas ao vivo. Em suma: nunca serão gravadas por ela.
As escolhidas são: "É Proibido Fumar", de Roberto e Erasmo Carlos, "Escapolário", música de Caetano Veloso sobre poema de Oswald de Andrade, "Eu Não Sei Fazer Música", dos Titãs, "Odara", também do Caetano Veloso e "Assaltaram a Gramática", de Lulu Santos e Waly Salomão.
Experimentalismos marcam este último disco.
Um exemplo é o que aconteceu na música "Sudoeste": Jorge Salomão foi ao estúdio especialmente para quebrar alguns copos, durante a gravação da música.
"Quero registrar o ato", explica Adriana.
No show, quem participará de um "happening" é Cid Campos, filho de Augusto de Campos. "Foi ele quem musicou o poema 'O Verme e a Estrela', do baiano Pedro Kilkerry, que gravei", conta ela.
O cenário do show é de Hélio Eichbauer, a iluminação é de Marga Ferreira e os figurinos, de Marcelo Pies.
Neste "A Fábrica do Poema", Adriana Calcanhoto sinaliza que está ficando cada vez mais mais pop.

Texto Anterior: Italo Calvino usa a ironia para subverter o conto clássico infantil
Próximo Texto: José Feghali e Quarteto Villa Lobos se apresentam no Maksoud Plaza
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.