São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 1995 |
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Um bom começo O Instituto de Estudos Avançados da USP está propondo 29 emendas ao projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, recentemente aprovado pela Câmara dos Deputados e agora submetido à apreciação do Senado. Uma delas, referente à caracterização do ensino superior no país, propõe significativas alterações no regime acadêmico das universidades privadas. Se acolhida, essas instituições, segundo a nova LDB, teriam de desenvolver programas regulares de pós-graduação, apresentar produção acadêmica consistente, contar com 50% de seus docentes em regime de tempo integral e titular 30% deles com doutorado. Sabe-se que muitas faculdades particulares descuidam da qualidade do ensino que oferecem a seus alunos, limitando-se hoje a despejar irresponsavelmente no mercado de trabalho milhares de diplomados com precária habilitação para o exercício profissional. Já cumpridas por boa parte das universidades públicas, as novas exigências decerto não garantiriam, por si só, que a excelência acadêmica pudesse ser atingida. Porém provavelmente constituiriam um meio legal e legítimo de pressão sobre a atividade irrefreada das "fábricas de diplomas", que contribuem, em larga medida, para o baixo padrão de competitividade no mercado de trabalho. Texto Anterior: O cheiro da paz Próximo Texto: Palavras Índice |
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