São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Vilões são interessantes, mas morrem no final

CÉLIA ALMUDENA

Folha - O filme "Mortal Kombat" é parecido com o filme "Street Fighter"?
Cary - Bem, os dois filmes foram baseados em videogames de sucesso, ambos têm muitos lutadores e alguns efeitos especiais. Mas "Mortal Kombat" tem muito mais cenas de luta do que "Street Fighter". Sempre achei que a música é uma parte importante dos filmes. E "Mortal Kombat" tem uma trilha sonora muito legal.
Folha - Você gosta de jogar videogame ou joga apenas o que seu filho está jogando?
Cary - Na verdade, joguei muitos dos games que ele tem, mas prefiro os cartuchos mais pacíficos. O meu jogo preferido é "Yoshi's Cookies", um game bem calminho.
Folha - Como é fazer o papel de vilão?
Cary - É legal fazer papéis de vilões nos filmes porque, geralmente, são personagens mais interessantes. A única coisa que não gosto é que os vilões apanham muito ou morrem. Mas é importante para as crianças saberem que os caras maus não devem vencer. Como ator, também gostaria de fazer caras bons, apesar de a maioria dos papéis de bonzinhos ser muito chata atualmente.
Folha - Que papel você gostaria de fazer?
Cary - Gostaria de criar um novo tipo de herói. Penso em dois personagens. Um deles seria um típico soldado ou agente do governo que se revolta contra o sistema. Hoje em dia, há muito mais heróis policiais ou agentes do governo. Acho que precisamos ter heróis verdadeiros, homens que acreditam na verdade e na honra. O outro, seria um vilão, ou ex-vilão, que está virando um cara bom. Há uma visão simplista do bem e do mal. Não existe a explicação de porque uma pessoa não é boa. E o mundo não é assim, as pessoas não são apenas boas ou más.

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