São Paulo, sábado, 30 de setembro de 1995
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Dúvida frustra marketing

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo transformou em uma operação de marketing interno a externo o anúncio das novas regras para a participação de credores internos nos leilões de venda de estatais, mas acabou deixando dúvidas quanto à utilidade efetiva da medida.
As novas regras, editadas pelo Banco Central às 9h, mereceram o anúncio do ministro da Fazenda, Pedro Malan, em Nova York, e do presidente do BC, Gustavo Loyola, em São Paulo.
Só que a equipe do ministro do Planejamento, José Serra, descartou a participação dos títulos externos nos leilões das estatais mais atraentes, como a Vale do Rio Doce as empresas do setor elétrico.
Diante dessa posição, a medida do BC se torna inócua. Os títulos da dívida externa perdem o deságio, mas não podem participar dos leilões.
"Os títulos ficam sem deságio, mas a participação deles nos leilões estará definida nos editais de cada leilão", disse em Brasília o chefe do Departamento da Dívida Externa do BC, Linaldo Aguiar.
E a elaboração dos editais dos leilões de privatização cabe, justamente, ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), subordinado ao Ministério do Planejamento.

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