São Paulo, sábado, 30 de setembro de 1995
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Reservas cambiais devem atingir US$ 48 bi

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor da Área Externa do Banco Central, Gustavo Franco, estimou que até o fim do ano as reservas cambiais do Brasil terão alcançado a cifra aproximada de US$ 48 bilhões. Esse número representa um acréscimo de US$ 10 bilhões sobre as reservas do país em dezembro de 1994.
Franco afirmou que as reservas cambiais do país não representam a entrada de capital especulativo, ou seja, que aposta no ganho com as altas taxas de juro. "Outros países emergentes como o nosso têm baixas taxas de juro e mesmo assim também captam caminhões de dinheiro", disse.
A afirmação foi feita ontem, no Rio, após a palestra "Economia Internacional, Globalização Financeira e Câmbio", na PUC.
Ele criticou a idéia de que os atuais números da inflação representem o controle definitivo do processo inflacionário. "Está comprovado que não é isso. O país teve uma doença séria, que era a inflação. Agora que a febre passou não é possível fazer extravagâncias."
A comparação serve para justificar a manutenção das atuais taxas de juro, motivo principal das críticas que o governo tem recebido por parte de empresários e trabalhadores.
O governo, segundo Franco, já considera a idéia de redução das taxas de juro. Mas ele disse a mudança será feita a partir do acompanhamento diário da economia.
Disse que as taxas de juro não estão altas devido à taxa de câmbio. São também o reflexo do momento de busca da estabilização.

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