São Paulo, segunda-feira, 1 de janeiro de 1996
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Tempo melhora e paulistano lota praia

PATRICIA DECIA
ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

O sol não saiu, mas o mormaço foi suficiente para lotar as praias do litoral paulista ontem. No Guarujá (litoral sul), de Pitangueiras a Pernambuco, quase não havia lugar para ficar na areia.
A interrupção da chuva, que atingiu as praias durante sexta-feira e sábado, transformou o domingo no "melhor dia do feriado" até agora, segundo os turistas.
Essa foi a opinião da estudante Salete de Freitas, 19. Deitada em uma cadeira de praia, ela arriscava conseguir um bronzeado mesmo sem sol, ontem, em Pitangueiras.
"O que não dá é para ficar em casa, mesmo se está chovendo. Sábado, o jeito foi ir ao shopping", disse.
Maresias
Na praia de Maresias, em São Sebastião (litoral norte), também houve bastante movimento durante a manhã. Por volta das 13h, o céu voltou a ficar escuro e a chuva fina recomeçou.
Os turistas mineiros invadiram Maresias durante o feriado de réveillon, atraídos pela fama das casas noturnas no litoral norte.
Eles vieram de carro em grupos de cinco, sete e até 12 pessoas de Belo Horizonte, Uberaba e Varginha (sul de Minas).
Somados aos paulistas do interior -especialmente vindos de Campinas e Sorocaba-, eram maioria em casas como o "Bar do Meio" e "Sirena".
A praia foi "rota alternativa" para quem não queria ir para o sul da Bahia ou Espírito Santo. "Já cansei de ir para aqueles lados ou para o Rio. Vim conhecer um lugar diferente", disse o engenheiro José Biscano, 28, de Varginha.
Ele e mais cinco amigos foram para Maresias seguindo os conselhos de paulistas. "A noite é agitada e o pessoal também é mais bonito", disse.
Decepcionados com a falta de sol, outro grupo de 12 amigos de Uberaba reclamou da praia. Eles viajaram oito horas e meia de carro até Maresias e iriam embora só na terça-feira.
"Tem muito homem, pouco sol e o som está baixo", disse o estudante Guilherme Fantato Prata, 22.
Alguns paulistanos frequentadores assíduos de Maresias, estranharam a "invasão mineira".
"Está superdiferente. O pessoal legal, que vem sempre aqui, foi passar o réveillon no Sul", afirmou a universitária Mariangela Azevedo, 20.

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