São Paulo, segunda-feira, 1 de janeiro de 1996
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Bola de cristal/1996

JUCA KFOURI

Nada de jogar búzios, dar pelota para os astrólogos, quiromantes e outros que tais.
Entra em campo a bola de cristal e suas previsões para o ano que começa. Guarde-as bem guardadas se você quiser desmoralizar o autor daqui a 364 dias.
O ano terminará em Tóquio com um clube brasileiro disputando a final do Mundial interclubes tendo, outra vez, o Ajax como adversário.
O clube brasileiro, adianta minha bola de cristal que andou quebrando no ano que passou, será alvinegro, para tristeza dos gremistas e... dos botafoguenses.
Não que o Botafogo também perderá para os holandeses, nada disso. O alvinegro brasileiro será campeão mundial e, enfim, Marcelinho convencerá Zagallo que tem lugar na seleção brasileira -por mais que o treinador vá estar justamente convencido de sua infalibilidade com a medalha de ouro olímpica devidamente pendurada no pescoço.
O Santos será o campeão paulista, e o Morumbi suportará bem a festa enlouquecida depois de 12 anos de jejum.
Pelé continuará a não se dar bem com Ricardo Teixeira e se dará cada vez pior com João Havelange.
Pelo menos o deputado Marco Chedid será cassado por causa da CPI do Bingo. A bola embaça quanto a Eurico Miranda -afinal, o que que ele não consegue embaçar?
O Palmeiras ganhará a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, mas os palmeirenses não se conformarão com a festa corintiana, primeiro na Libertadores e, depois, no Japão.
O Japão, por sinal, será escolhido para ser a sede da Copa de 2002.
Os Estados Unidos ganharão os Jogos Olímpicos de Atlanta. A Alemanha será a segunda.
Nossos times de vôlei masculino e feminino subirão ao pódio. O basquete feminino também. Nossa natação idem.
O Flamengo continuará nas manchetes. Manchetes econômicas, policiais e mundanas. Título de campeão mesmo que é bom, nada.
Túlio será o artilheiro do Brasil pela quarta vez.
O Botafogo de Ribeirão Preto disputará normalmente o Campeonato Paulista. Já o presidente do clube, Laerte Alves, citado no caso da "fita do suborno", terá fortes dores de cabeça causadas pelo Ministério Público de São Paulo.
Eduardo Farah e Ricardo Teixeira continuarão a ser poupados nas revistas do Grupo Abril, mas a Globosat continuará a passar a perna na TVA.
Quem viver, verá. Será?

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