São Paulo, segunda-feira, 1 de janeiro de 1996
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Negociação de paz avança, diz Síria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Na primeira declaração oficial sobre as negociações de paz com Israel realizadas nos EUA na semana passada, o representante da Síria afirmou que foram feitos progressos, mas os dois lados ainda não chegaram a nenhum acordo concreto.
"Os dois lados discutiram com clareza e seriedade várias questões, mas ainda não houve acordo. As conversações foram úteis, mas ainda são exploratórias", disse o embaixador da Síria em Washington, Walid al Mualem, à agência oficial síria "Sana".
Síria e Israel negociaram entre quarta e sexta-feira em Maryland, perto de Washington. Uma nova rodada deve começar nesta quarta-feira.
O embaixador disse que o clima e o resultado das negociações foram mais positivos do que as últimas conversações, realizadas há seis meses. Os dois países negociam há quatro anos, sem resultados concretos.
Um membro do governo sírio disse em Damasco que os principais problemas das negociações têm sido o destino das colinas do Golã, capturadas por Israel em 1967, e garantias de segurança na região estratégica.
"A posição da Síria de exigir a retirada total das tropas de Israel aos limites de antes da guerra é firme e imutável", disse Mualem.
O primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, também fez uma avaliação positiva das negociações com a Síria durante uma reunião com seu gabinete.
"O primeiro-ministro enfatizou a abertura e a atmosfera positiva das negociações e o entendimento alcançado com os representantes sírios em uma série de questões", diz um comunicado do governo israelense, sem dar detalhes sobre os progressos alcançados.
O ministro da Defesa de Israel, David Libai, disse ontem que o governo está elaborando uma legislação para regulamentar as atividades do Shin Bet, o serviço secreto israelense.
"É a primeira vez que sentamos e pensamos em limites para as atividades do Shin Bet baseados na lei", afirmou Libai à rádio do Exército de Israel.
Segundo ele, a proposta de regulamentação será submetida nesta semana ao premiê Shimon Peres.
A reputação do Shin Bet, considerado um dos mais eficientes serviços secretos do mundo, foi abalada depois que agentes que protegiam o premiê Yitzhak Rabin falharam e não evitaram sua morte.
Ele foi assassinado com dois tiros disparados pelas suas costas por um extremista judeu contrário à paz com os palestinos.

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