São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996 |
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Obras de Monet serão expostas no Brasil
FERNANDA DA ESCÓSSIA
O Marmottan tem o maior acervo de Monet do mundo, com mais de cem telas, cadernos de desenho e objetos pessoais do artista. Tudo foi doado ao museu pelo filho do pintor, Michel Monet. A exposição do Rio está sendo organizada com o apoio do consulado francês. D'Hauterives veio ao Rio na semana passada e visitou o MNBA (Museu Nacional de Belas Artes), o MAM (Museu de Arte Moderna), a Casa França-Brasil, o centro cultural do Paço Imperial e o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), todos no centro da cidade. A idéia de D'Hauterives é trazer para o Brasil uma exposição com ênfase na chamada fase de Giverny, um vilarejo a 50 km de Paris onde Monet morou. Em Giverny o pintor construiu um jardim com flores, um lago e uma ponte. A paisagem foi retratada em várias telas. A casa de Monet em Giverny é hoje um museu com uma síntese de sua obra. "A fase de Giverny é menos conhecida, menos figurativa e dá uma compreensão mais exata do trabalho de Monet com a cor. É uma relação menos pensada com as formas da natureza e mais sensível às cores, absolutamente bela", afirma D'Hauterives. Avaliada em US$ 50 milhões, segundo D'Hauterives, "Impressão, Sol Nascente" não virá para o Brasil. Já a tela "As Glicínias", com mais de três metros de comprimento e avaliada em US$ 20 milhões, fará parte da exposição do Rio. Também estão no Marmottan quadros como "Campo de Íris Amarelos" (1887), "O Barco" (1887), e as séries com os nenúfares (flores aquáticas) e a catedral de Rouen. D'Hauterives não deu avaliação total do acervo do museu. A maior preocupação do diretor do Marmottan são as condições de umidade e temperatura do local de exposição, para que as telas nãos sejam danificadas. Quer também que o local possa ser "modulado" para dar destaque à exposição e mantê-la em harmonia com o conjunto do museu. D'Hauterives considerou que os espaços do MAM e do MNBA têm essas características. Ma opinião dele, o Paço Imperial seria melhor para uma retrospectiva; o CCBB tem difícil acesso para o público e a Casa França-Brasil é pequena demais para a mostra. "Estamos avaliando e negociando com as entidades. É uma coleção muito importante e queremos que o Brasil a veja, mas é preciso escolher um lugar que seja prestigiado e possa receber bem as telas", disse D'Hauterives, que irá a São Paulo para avaliar museus e centros culturais. Texto Anterior: Estreantes estão entre os mais vendidos Próximo Texto: Livrarias têm novidades no início do ano Índice |
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