São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996
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Cresce o uso do pré-datado

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O uso do cheque pré-datado cresce a cada dia. Levantamento da Teledata mostra que em 1995 foram emitidos cerca de 18,6 milhões de cheques pré-datados -um aumento de 80,4% sobre o número de 1994, de 10,3 milhões.
Os cheques pré-datados representaram no ano passado 62,5% do total de consultas feitas ao Teledata (em torno de 29,7 milhões).
Em 1994, eles participaram com 53,4% do total de consultas (cerca de 19,3 milhões). Em 1993 esse percentual era da ordem de 44%.
"Dá para dizer que o pré-datado se transformou na moeda nacional", diz Deolinda Victoria, gerente da Teledata.
Na sua análise, o cheque pré-datado substitui o cartão de crédito e o crediário com vantagens.
"Qualquer dia é bom para comprar. Não tem dia melhor ou pior como acontece com os cartões de crédito. E mais: quem paga com pré-datado não precisa passar pela burocracia de abrir um financiamento e muitas vezes não paga juros."
Lojistas
Os lojistas entram em 1996 com o "pé no chão", diz Oiram Corrêa, economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
Significa que a reposição dos estoques será gradual. "Foi um Natal como outro qualquer. Não igual ao de 1994. Não há razão para sair correndo às compras."
Para Corrêa, o primeiro trimestre deste ano será fraco para o comércio.
Na sua análise, deve haver mais desemprego neste ano e os preços vão continuar comportados.
Segundo ele, a partir de abril e maio o comércio pode apresentar retomada por conta do Dia das Mães.
(FF)

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