São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996
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Inflação e desemprego caem no Chile

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A inflação do ano passado no Chile foi de 8,2%, a menor taxa dos últimos 35 anos, informou ontem o Instituto Nacional de Estatística do país.
Segundo o organismo, a taxa de desemprego baixou para 4,9%, no último trimestre do ano. Entre julho e setembro, o índice havia sido de 5,4%.
Apesar de a inflação ter ficado um pouco acima dos 8% estabelecidos como meta pelo presidente Eduardo Frei no início do ano, a equipe econômica classificou de excelentes ambos resultados.
"O crescimento do PIB em 95, superior a 8%, permitiu a redução do desemprego", disse o ministro da Economia, Alvaro Garcia.
A inflação de 95 corrobora a queda do índice desde 90, quando a taxa anual foi de 27,3%. De lá para cá, a inflação vem caindo a cada ano.
Em dezembro, a inflação foi de 0,3%. Os setores que mais puxaram o índice foram habitação e transporte.
O ministro da Fazenda Eduardo Aninat anunciou a meta de inflação para 96: 6,5%.
Os bons resultados obtidos pela economia chilena devem-se, entre outras coisas, ao aumento da produção de cobre. O país, maior produtor de cobre do mundo, extraiu, em 95, 2,5 milhões de toneladas do metal, 14,2% mais que em 94.
O Instituto de Estatística informou também que a produção industrial chilena cresceu 5,6% em novembro, em comparação com o mesmo mês de 94. No mesmo período, as vendas no varejo aumentaram 1,6%.
Os setores que mais cresceram foram a indústria editorial, a fabricação de vidro e a extração de minerais.
As exportações de minérios totalizaram US$ 7,9 bilhões, cifra que representa 49% do total exportado pelo país.
O setor mineiro foi responsável também pela atração de 43% do investimento externo recebido pelo país no ano passado. Essa quantia corresponde a US$ 1,7 bilhões.
No Uruguai, a inflação de 95 foi de 35,4%, informou ontem o Instituto de Estatística do país.

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