São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
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Turistas preferem Miami
DA REPORTAGEM LOCAL Perdida no meio da selva, a Zona Franca de Manaus disputa a preferência dos turistas-compradores com dois "adversários" poderosos: Miami e Paraguai.E está perdendo a batalha. As minas no caminho para o sucesso comercial da Zona Franca são várias. Por exemplo: é mais barato voar de São Paulo a Miami do que a Manaus. Para o Paraguai então, nem se fala. A partir de R$ 50, o viajante faz o trajeto que separa a capital paulista de Ciudad del Este. Outro problema são os impostos e os custos com fretes. Sobre impostos, Carlos Souza, 62, presidente da Associação Comercial do Amazonas, afirma: "Estamos isentos do II (Imposto de Importação) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Mas pagamos ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e os tributos municipais". Já o frete é mais caro devido ao fato de as mercadorias chegarem a Manaus via rio Amazonas. Só o trecho pelo rio demora cinco dias. "Isso aumenta o preço das importações em até US$ 1.500 por contêiner", explica Manuel Rodrigues, 43, superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Atrativos Mas, apesar de tudo isso, a Zona Franca tem atrativos incomparáveis para quem pretende comprar artigos importados. Enquanto, de Miami, o turista pode trazer até US$ 500 em mercadorias, na zona franca esse valor chega a US$ 2.000 FOB. Essas três letras significam "free-on-board" em inglês e indicam o preço líquido do produto, sem impostos e fretes. Se o consumidor comprar um televisor por US$ 1.000 e ele custar US$ 500 no pátio da empresa coreana que o produziu, por exemplo, o comprador tem direito a gastar mais US$ 1.500 FOB. Segundo cálculos da Associação Comercial do Amazonas, o turista pode trazer na mala até R$ 3.850 em mercadorias. Outra vantagen apontada pela Suframa é a garantia dos produtos comprados na Zona Franca. "Além de não serem pirateadas, as mercadorias compradas aqui devem ser consertadas ou trocadas, caso elas apresentem algum defeito", afirma o superintendente da Suframa. Texto Anterior: Exportação foi de US$ 11 bi Próximo Texto: Linha Verde revela beleza do litoral norte baiano Índice |
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