São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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Amores' pretende ser 'comédia comovente'

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Peça: Amores
Texto e direção: Domingos de Oliveira
Quando: estréia hoje, às 21h30; qui, sex e sáb, às 21h30; dom, às 20h30
Onde: Teatro do Planetário (r. Padre Leonel Franca, 240, Gávea, zona sul; tel: 021/511-3817
Ingressos: R$ 20 (qui e sex) e R$ 25 (sáb e dom)

Seis personagens vivem as dores e surpresas do amor contemporâneo em "Amores", uma montagem com texto e direção de Domingos de Oliveira que reinaugura hoje o teatro do Planetário, na Gávea (zona sul do Rio).
"Quis fazer uma comédia comovente. Fazer só rir não é mérito. Quero fazer chorar também", diz Domingos de Oliveira, que também sobe ao palco para viver Vieira, um roteirista de televisão.
Os amores do título interligam numa ciranda as vidas de pai e filha, marido e mulher, amigos e parentes: Vieira ama a filha Cíntia, que ama Rafael, que é amigo de Luísa, que é irmã de Telma, que é mulher de Pedro.
O último casal, vivido por Priscilla Rosenbaum e Ricardo Kosowski, sofre porque adiou o projeto de ter filhos em nome do sucesso profissional. Quando a história começa, os dois vivem um drama, porque Telma não consegue engravidar.
Vieira não aceita a saída de casa de Cíntia (Patrícia Carvalho), que está apaixonada pelo artista bissexual Rafael (Vicente Barcellos). Sua amiga Luísa é uma jornalista e atriz frustrada profissionalmente.
"O amor de hoje tem o mesmo ciúme, a mesma posse, a mesma paixão. Mas as situações são tão novas que exigem uma mudança de postura difícil. Por isso as pessoas sofrem", teoriza Domingos de Oliveira.
O diretor repete a fórmula de "Confissões de Adolescente" e "Confissões de Mulheres de 30", dois sucessos de público no Rio, usando personagens enredados em situações cotidianas para conseguir empatia com o público.
"As pessoas gostam de ver tratadas diretamente situações como o primeiro beijo, a primeira transa, os 30 anos, a dificuldade dos filhos... São situações cada vez mais comuns, mas ainda problemáticas, como o amor por um bissexual", diz o diretor.
O espetáculo acontece no palco em forma de arena redonda do teatro do Planetário, reformado e integrado à rede municipal de teatros. Quatro projetores de vídeo complementam o cenário lançando imagens nas paredes, no chão e nas roupas dos atores. A música é ao vivo, executada ao piano.

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