São Paulo, sábado, 6 de janeiro de 1996 |
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Sorteio de vagas desanima aluno
FERNANDO ROSSETTI
Um dos lugares onde isso mais ocorre é a região da 11ª Delegacia de Ensino, em Itaquera (extremo da zona leste de São Paulo): ontem, 1.835 alunos disputavam 2.024 vagas; as vagas que sobraram, vão a sorteio na próxima quarta-feira, entre mais de 1.300 candidatos, vindos de escolas particulares ou que não estudaram no ano passado. A Secretaria da Educação garante que todos têm vaga. O problema para quem mora em Itaquera é que as vagas remanescentes ficam no centro da cidade -e muitos desistem de estudar. O sorteio da 11ª Delegacia de Ensino ocorreu no ginásio da Unicastelo, onde mais de 3.000 estudantes, pais e mães, se aglomeraram a partir das 8h30. O segundo sorteado, Fernando da Silva, 17, foi quem melhor expressou o sentimento dominante no local: "Eu só queria que não tivesse sorteio, que todo mundo pudesse estudar". Ao todo, na Grande São Paulo, 306 escolas de 2º grau tinham vagas no sorteio -ou 35% das 863 escolas que oferecem esse nível de ensino. O sorteio resolve o problema das filas que se formavam até 1993 em frente às escolas consideradas boas -e que por isso têm mais candidatos do que vagas. Antes, matriculava-se quem chegasse primeiro. Mas a organização do evento teve falhas. Houve estudantes, como Davi Dávila Queiroz, 16, que, embora tenha estudado no ano passado em uma escola pública -e que por isso deveria ter inscrição automática-, não tinha o nome na lista e não pôde concorrer às melhores escolas. Texto Anterior: Campanha tenta atrair turista dos EUA ao Rio Próximo Texto: PF faz recadastramento de estrangeiros no país Índice |
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