São Paulo, sábado, 6 de janeiro de 1996 |
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Instituição foi fundada em 1834 e estava com os Calmon desde 1910
MARCIA PADILHA
Quando sofreu a intervenção do Banco Central, a 11 de agosto de 1995, o Econômico era o nono maior banco brasileiro, com 279 agências (sendo 151 nas regiões Norte e Nordeste), 5.300 funcionários, 1,2 milhão de clientes e uma carteira de ativos (empréstimos) da ordem de R$ 7,5 bilhões. Em 1940, Miguel Calmon, tio de Angelo, tornou-se diretor-presidente do então Banco Econômico da Bahia, permanecendo no cargo por mais de 20 anos. Em 1971, Angelo foi eleito executivo-chefe da instituição. Cinco anos mais tarde, tornou-se presidente do banco. Em 1972, o grupo criou empresas para atuar nas áreas de turismo e hotéis, entre outras. Em 1973, o Econômico comprou a Casaforte Crédito Imobiliário S/A. No mesmo ano, o Econômico propôs uma fusão com o Banco da Bahia. A notícia das fusões agitou a Bolsa de Valores de Salvador, e o negócio foi abandonado quando o mercado descobriu que o Econômico já era dono de boa parte das ações do Banco da Bahia. Em 1976, o Econômico envolveu-se em um escândalo quando reteve cheque administrativo para a corretora Socopa. O caso só foi resolvido em 1981, quando, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), o banco ficou parcialmente isento de culpa. O Econômico pagou sua dívida com a corretora -livre de juros e correção monetária. Em 1984, o banco pulou do oitavo para o quarto lugar em volume de depósitos a prazo, crescendo 523% em 12 meses. Naquele ano o grupo possuía 42 empresas, 13 delas no Pólo Petroquímico da Camaçari (BA). O declínio da instituição começou em 1991. Naquele ano, o lucro caiu pela metade em relação ao período anterior. Política A família Calmon sempre esteve presente no governo da Bahia e do Brasil. O patriarca Francisco Marques foi governador da Bahia entre 1924 e 1928. Miguel Calmon foi ministro da Fazenda de 1962 a 1963 (no governo do então presidente João Goulart e do primeiro-ministro Hermes Lima). Seu sobrinho Angelo Calmon de Sá foi presidente do Banco do Brasil entre 1974 e 1977. Saiu do BB para tornar-se ministro da Indústria e Comércio do governo Ernesto Geisel -cargo que exerceu entre 1977 e 1979. Angelo também foi secretário do Desenvolvimento Regional do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992). Texto Anterior: Superintendente da Fiat assume segunda; MG oferece incentivos à Mercedes-Benz; Governo libera verba para Lloyd Brasileiro Próximo Texto: Excel é "sobrinho" do Safra Índice |
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