São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Chuvas mataram 15 pessoas em São Paulo

Governador disse que não há cidade sem enchente

DA REDAÇÃO

A chuva que atingiu São Paulo na semana passada deixou 15 mortos e mais de 7.000 desabrigados no Estado. Dos mortos, 9 são da Grande São Paulo. Cerca de 60 mil imóveis ficaram sem luz.
A prefeitura da capital calculou que surgiram 1.500 novos buracos nas ruas de São Paulo. Na quarta-feira, as marginais Tietê e Pinheiros ficaram bloqueadas. Somados, os congestionamentos atingiram 76,9 quilômetros.
A prefeitura e o governo do Estado gastaram cerca de R$ 1 bilhão, desde 1986, sem solucionar o problema das enchentes. Para o governador Mário Covas, não há como evitar inundações. "Não há cidade sem enchente", disse.
A OAB, o Sindicato dos Arquitetos e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência pedem amanhã a abertura de ação civil pública contra o Estado e a prefeitura. Dizem que as enchentes foram causadas por incompetência administrativa.
Houve erosão no quilômetro 116 da rodovia Carvalho Pinto. Na avenida Paulista, caíram parte da fachada e do muro da casa dos Matarazzo, que foi interditada.
O prejuízo está sendo calculado entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão.
Depende de sanção do prefeito Paulo Maluf projeto aprovado pela Câmara Municipal para criar o Fundo Municipal de Auxílio às Enchentes, para indenizar os prejudicados pelas chuvas. Seu orçamento corresponderia a 1% da arrecadação anual da prefeitura.
Anteontem, a chuva que atingiu São Paulo no final da tarde deixou boa parte da cidade sem energia elétrica. Às 19h, foram registrados 94,1 km de congestionamentos, o maior índice da semana e muito próximo de dias normais (100 km), apesar das férias.

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