São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996 |
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Conheça os lançamentos do Salão de Detroit
LUCIANO SOMENZARI
O que mais se vê no salão, que foi aberto ao público ontem e vai até o próximo dia 15, são modelos já existentes e reestilizados. As marcas preferiram adotar a fórmula mais pragmática dando "cara nova" aos carros em linha, sem ter de criar novos. Muitos antecessores desses modelos redesenhados rodam no país e o público brasileiro poderá, brevemente, se deparar com alguns deles nas ruas. É o caso do Mustang, que sofreu leve reestilização. As lanternas traseiras deixaram de ter pequenos filetes óticos horizontais. Agora, elas têm três subdivisões verticais. Na versão Cobra, a mais "nervosa" do modelo, o motor, totalmente construído em alumínio, tem 309 cv de potência, oito cilindros em V, 32 válvulas e 4.600 cc. A novidade no estande da Ford ficou por conta da nova picape F-150 97, criada para disputar mercado com a linha de picapes Dodge, da Chrysler. Suas linhas são robustas, a exemplo da futura concorrente Dodge Ram. Outro destaque é o carro-conceito Ford Indigo, um superesportivo com frente em cunha e detalhes feitos em fibra de carbono -o mesmo material leve e resistente usado na Fórmula 1. O Indigo tem motor de 6.000 cc construído em alumínio, 12 cilindros e 48 válvulas, que desenvolve 441 cv de potência. No estande da Chrysler, além dos modelos conhecidos que chegam ao mercado brasileiro este ano, como o Jeep Cherokee, o sedan compacto Neon, o sedan Eagle Vision e a van Caravan, nota-se a presença do exótico Plymouth Prowler. Trata-se de um roadster que lembra os antigos automóveis de corrida. É equipado com motor de 3.500 cc de seis cilindros em V e cerca de 228 cv de potência. O curioso é que o Prowler traz uma espécie de carreta destacada como porta-malas. A Chrysler anunciou que começará a vender o modelo a partir do próximo ano. Assim como seu "irmão" Dodge Viper, o Prowler deixará de ser carro-conceito e terá uma venda anual estimada em 5.000 unidades, ao preço de US$ 35 mil. Entre os japoneses, a Mitsubishi apresentou o novo 3.000 GT, que passa a ter entrada de ar maior e duplos faróis pequenos e redondos, de cada lado, na frente. O superesportivo V6 de 221 cv, que é vendido no Brasil por cerca de R$ 114 mil, é comercializado nos EUA, com todos os equipamentos, por US$ 31.160. As linhas Civic e Accord da Honda receberam várias mudanças na motorização, espaço interno e linhas externas. Segundo a marca, o Civic recebeu novo tratamento na carroceria, para ficar mais resistente, e obteve alguns centímetros no espaço interno, além de desenho exterior modificado, como faróis maiores e traseira com ângulos mais retos. A Toyota foi outra que preparou modificações, principalmente no seu compacto Paseo. O Paseo 96 tem frente fortemente em cunha e, na contramão da tendência mundial de design, sua traseira é repleta de linhas com ângulos retos. O jornalista LUCIANO SOMENZARI viajou a Detroit a convite da Chrysler Corporation. LEIA MAIS sobre o Salão de Detroit na pág. 7-12. Próximo Texto: Mercedes mostra jipão americano Índice |
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