São Paulo, segunda-feira, 8 de janeiro de 1996 |
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Charlie Hunter recria sucesso do Nirvana
CARLOS CALADO
Uma boa surpresa é "Bing, Bing, Bing!", disco de estréia do guitarrista e compositor Charlie Hunter, 27, na Blue Note. Com sua guitarra de 8 cordas, Hunter lidera um trio nada comum, que inclui Dave Ellis (sax tenor) e Jay Lane (bateria). Do tempero "funky" de "Greasy Granny" até incursões pelo dançante jazz-soul à Eddie Harris, Hunter se mostra um seguidor do guitarrista John Scofield. Provando que o jazz pode flertar com o pop, sem cair na chatice da "fusion", Hunter ganha outro ponto ao lembrar Kurt Cobain, o ex-líder do Nirvana, com uma versão perturbadora de "Come As You Are". O garoto promete. Filho do genial pianista Thelonious Monk, o baterista T.S. Monk, 46, lança "The Charm", seu terceiro disco. No fundo, a receita não é muito diferente dos anteriores. Se antes recriava clássicos do "bebop", agora T.S. prefere composições originais, mas diretamente afinadas com o "bebop". Claro que também não poderia faltar uma composição do "papai" Thelonious: "Bolivar Blues". Apesar da experiência de sua banda, que destaca o sax de Bobby Porcelli, T.S. ainda não conseguiu transmitir em disco a energia dos concertos. (CC) Títulos: The Charm (de T.S. Monk); Bing, Bing, Bing! (de Charlie Hunter) Lançamentos: Blue Note/EMI Quanto: R$ 20,00 (cada CD, em média) Texto Anterior: Pacote traz quatro mestres do trompete Próximo Texto: Sexo coloca Universal um passo adiante Índice |
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