São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996 |
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No Rio, PT vai propor CPI para apurar favorecimento da Universal
AZIZ FILHO
O deputado petista tomou a decisão após a revelação da Folha, no último sábado, de que o secretário de Trabalho, Aldir Cabral, vice-presidente da Universal e eleito deputado federal em 94 pelo PFL, usa a secretaria para empregar pessoas da igreja. Cabral demitiu 380 funcionários e contratou 209 de janeiro e setembro de 95. Minc disse que, na execução do Orçamento de 96, barrou a estratégia dos três deputados estaduais da Universal de destinar verbas para construir templos da igreja. "Estão ferindo o princípio constitucional da separação entre igreja e Estado. Os deputados disseram que cumpriam um acordo entre o governador Marcello Alencar (PSDB) e a igreja. É um acordo escandaloso", afirmou Minc. O vice-líder do PSDB na Assembléia, Paulo Mello, disse que aprova a CPI, "por princípio". "A escolha do secretário é decisão do governador, mas, se há uso da secretaria pela igreja, sou contra." O assessor de imprensa do Palácio Guanabara, Paulo Jerônimo de Sousa, disse que Alencar não comentaria a iniciativa de Carlos Minc porque o deputado "não é sério, gosta é de aparecer". Segundo ele, ninguém foi demitido por opção religiosa. Por meio de sua assessoria de imprensa, Aldir Cabral disse que não tinha "nada a declarar". Texto Anterior: Motta ameaça punir TVs por 'guerra santa' Próximo Texto: Procuradores tentam quebrar sigilo bancário Índice |
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