São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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Detentos tomam seis reféns em Marília

LUÍS CURRO
DA AGÊNCIA FOLHA

Cerca de 150 presos da Casa de Detenção de Marília (443 km a noroeste de SP) iniciaram uma rebelião por volta das 8h de ontem. Os presos, armados com estiletes, tomaram como reféns seis funcionários e pediram contato com a imprensa e autoridades estaduais.
Até as 23h30, os detentos continuavam rebelados, mas já haviam libertado dois reféns. O agente prisional Carlos Pilão informou ontem à noite que a polícia e os presos rebelados tinham acertado que o fim do movimento e a libertação dos quatro reféns ocorreria às 6h de hoje. Pilão conversou da portaria do prédio, por telefone, com a Agência Folha.
O diretor-geral da Casa de detenção de Marília, Luiz Mansur, retornou de uma viagem para negociar pessoalmente com os presos a liberação dos outros reféns.
A delegacia de Marília informou que o líder do motim é Vladimir Pereira, o "Beiçola".
O diretor da penitenciária, José Carlos Dias, o delegado Clomar de Sousa e o capitão da Polícia Militar Carlos Neves negociavam. Neves afirmou que a rebelião estava com "as horas contadas".
Ele também disse ter sido informado pela direção do presídio que já havia sido acertado um acordo, no qual dez presos seriam transferidos para outras penitenciárias na manhã de hoje. A Casa de Detenção de Marília tem capacidade para 500 presos, mas abriga 700.

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