São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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Prestando contas

JUCA KFOURI

O leitor pergunta, com razão, que fim levou o escândalo da CPI do Bingo. Há novidades.
Ontem, a comissão de deputados que investiga o comportamento dos membros da CPI esteve reunido com o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães.
Resolveu-se esperar pela volta das férias, no próximo dia 23, do Procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, para que este tente novamente quebrar o sigilo das contas telefônicas do deputado Marquinho Chedid, sem o que será difícil avançar no inquérito.
Por outro lado, e essa é a boa nova, a polícia paulista está obtendo, sempre com autorização judicial, as contas telefônicas daqueles que, supostamente, ligaram para o deputado em Brasília ou em sua casa na cidade de Campinas.
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Já em relação ao escândalo da fita do suborno, não há por que o leitor ter dúvida. A Folha vem fazendo marcação cerrada e o repórter Marcelo Damato dá um furo atrás do outro.
Aliás, o ex-diretor de futebol do Botafogo de Ribeirão Preto Mário de Felicibus anda preocupado. Ele emprestou seu telefone celular ao presidente do clube, Laerte Alves, e, ao chegar a conta, descobriu ligações para o ex-árbitro Catani.
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Num país em que ainda o simples cumprimento de um contrato é objeto de elogios, verdadeiramente elogiável é a atitude da empresa de assistência médica Amil que, mesmo sem ter obrigação contratual, está assumindo a metade do custo do tratamento de Osmar Santos.
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O projeto do estádio do Corinthians mostrado no último "Cartão Verde" está mexendo com a cabeça dos alvinegros.
É um tal de gente querendo cópia que o arquiteto Hilário Miniucci, o pai da idéia de se fazer do estádio a maior escultura do mundo tendo o distintivo como base, não faria outra coisa se fosse atender a todos.
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Em compensação, a bela idéia das franquias da escolinha de futebol do São Paulo está correndo sérios riscos.
Não é o São Paulo que faz diretamente a venda das franquias e sim a empresa Sportpro, em contrato firmado ainda na gestão de Mesquita Pimenta.
Ocorre que a empresa não está cumprindo o que promete ao vender a franquia e está levando ao desespero quem acreditou que o negócio era sério.

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