São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 1996 |
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Dívidas sufocam futebol do interior
MARCELO DAMATO
A situação atinge também clubes tradicionais que estão na Série A-2, a segunda divisão, que começa no final de fevereiro. As situações mais graves são a do Novorizontino (A-1) e a da Ponte Preta (A-2). A Ponte, segundo o presidente Nivaldo Baldo, tem uma dívida de R$ 5 milhões. Além disso, no fim do ano, o então presidente, Peri Chaib, vendeu todos os jogadores. Baldo nem sabe quantos credores tem e tenta salvar o time criando uma "bolsa de jogadores". No Novorizontino, o dirigente provisório é o deputado federal Marco Abi Chedid -que já foi presidente da Ponte Preta. O clube está em crise política. Jorge Ismael de Biasi, patrono do clube e dono do estádio da cidade, quer se afastar, mas, antes, receber a dívida pelo uso do estádio. Ele reivindica R$ 350 mil e mais dez jogadores. Nabi Chedid, pai de Marco, também não quer continuar. Sem dinheiro, o clube não contratou. O patrocínio não foi renovado. Há coincidências entre ambos os clubes. Os dois estádios têm dívidas de água e luz. Em Novo Horizonte, houve corte. Em Campinas, isso não aconteceu porque houve fez um acordo com o Estado e a prefeitura. No final do ano passado, Marco Chedid apresentou a proposta de fusão dos clubes. A Ponte compraria o Novorizontino e sua vaga na Série A-1. Mas os sócios do clube campineiros -liderados por Baldo, então na oposição- rejeitaram a medida. A situação dos clubes têm reflexos na Federação Paulista de Futebol. O presidente da FPF, Eduardo José Farah, disse que já "antecipou" aos clubes R$ 4,5 milhões da venda dos direitos de transmissões dos jogos pela TV. Segundo ele, isso funciona como um empréstimo sem juros. A situação da FPF, segundo Farah, não se assemelha à de seus filiados. "Ela é excelente", disse Farah, que afirmou que, no dia 25, a entidade vai "distribuir" R$ 1 milhão aos clubes da Série A-1. *Colaboraram as Regionais Próximo Texto: Time é criado com atletas 'adotados' Índice |
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