São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996 |
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Método é recomendado para adolescentes
DA REPORTAGEM LOCAL Os médicos concordam que os anticoncepcionais injetáveis são bastante adequados para serem usados por adolescentes.O primeiro fator alegado é a praticidade. "As adolescentes ainda são psiquiatricamente imaturas. É mais fácil que esqueçam de tomar a pílula no mesmo horário todos os dias", afirma o ginecologista Nílson Roberto de Melo, 43. Melo é presidente da comissão nacional de planejamento familiar da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) e trabalha no programa de planejamento familiar do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Segundo o ginecologista Alexandre Ades, os injetáveis trazem outra facilidade às adolescentes: são muito mais discretos, evitando a exposição do uso de anticoncepcionais. "Não é como a cartelinha de pílula, que ela terá que carregar na bolsa e, muitas vezes, esconder da família", diz. Melo levanta ainda um terceiro aspecto: a interrupção do uso. "Se a adolescente rompe momentaneamente com o namorado, pode parar de tomar a pílula aumentando o risco de gravidez. A injeção têm duração de um mês, evitando esse problema", afirma Melo. Contra-indicação Os dois médicos ressaltam que é necessário que a adolescente não apresente nenhuma contra-indicação ao uso de anticoncepcionais hormonais, seja na forma de pílula ou injetável. Os médicos recomendam ainda que todas as mulheres façam um acompanhamento semestral do uso do anticoncepcional. "Há casos em que o quadro de contra-indicação da paciente não existia quando o médico receitou o anticoncepcional, mas ocorreu durante o próprio período de uso", diz. Texto Anterior: Hormônio utilizado é natural Próximo Texto: FHC recebe título da Academia de Medicina; A FRASE; Médico lança livro sobre hiperplasia prostática; O NÚMERO; Anunciada vacina contra a diarréia; Publicações científicas gratuitas para médicos Índice |
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