São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996
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Patrocinador dá prêmio a Paula se jogadora disputar a Olimpíada

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

A armadora Paula, da Unimep, acertou um contrato publicitário com o fabricante de tênis Reebok que aumenta a chance de que ela venha a jogar em Atlanta-96.
Paula abandonou a seleção brasileira após o título mundial, em 94, mas estuda voltar a defender o Brasil na Olimpíada.
O contrato com a Reebok prevê um bônus se ela participar dos Jogos de Atlanta, além de outras gratificações caso ela seja cestinha ou conquiste uma medalha.
"A Reebok quer que eu jogue (em Atlanta), mas não é uma coisa imposta. Ainda não tem nada definido", afirma Paula, que nega haver uma cláusula no contrato prevendo seu retorno.
"Vou conversar com a Hortência este mês, para ver quais são os planos da seleção", acrescenta.
Em algumas frases, a jogadora dá a entender que está inclinada a retornar. "Eu não tenho vergonha de voltar atrás, se tiver que tomar essa decisão."
Paula elogia o papel de Hortência na Confederação Brasileira de Basquete: "Só ela estar lá dentro já é um grande passo, porque não havia ninguém para brigar pelo basquete feminino".
Ela lamenta que Hortência não vá jogar em Atlanta. "Queria dizer sim e ir junto com ela. Ninguém merece estar lá mais do que ela."
O valor do contrato não foi revelado, mas os bônus oferecidos a Paula podem duplicar o valor mínimo que ela receberia num mês.
"A gente vai entrar nessa parte de negociação (para Atlanta). Mas o trabalho passa pela consciência dela", diz Larry Sackiewicz, gerente de marketing da Reebok.
A empresa também já acertou com outra jogadora da seleção feminina, Marta.
A Reebok está investindo US$ 9 milhões em seu marketing olímpico, segundo Sackiewicz. A empresa fornecerá material esportivo para o Comitê Olímpico Brasileiro em Atlanta.

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