São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996
Próximo Texto | Índice

Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH
DE ACORDO COM O PRAZER DO MOMENTO.

PRONTA ENTREGA
Bálsamo Benguê
Ela já foi até batizada de A Voz do Brasil. Mas foi com poesia que Glorinha Beuttenmuller começou. Tipo criança, com Érico Veríssimo -amigo da família-, foram os primeiros versos. Estudou violino e depois descobriu comunicação oral. Virou pronto-socorro de atores e apresentadores de telejornais. Passou 18 anos na Globo ensinando palavras certas para horas e imagens corretas. Fez direção vocal em teatro e cinema e hoje é a maior expert quando o assunto é fala de políticos -ela ensina e disciplina. É dona absoluta da voz. De muitas vozes, aliás.
*
A voz do povo é a voz de Deus?
É o que diz o dito popular.
Quem faria a locução da sua vida?
Todos aqueles que eu curei.
Quem fala demais...
Perde a parada.
Com quantos ós se grita gol?
Você já ouviu o canto da sereia?
Nas horas de amor.
Para quem você ajudaria a fazer coro?
Para o bom maestro.
Você segura no gogó?
Profissionalmente sim -até com sucesso, dizem.
Vozes do além fazem muito barulho?
E como fazem.
Dá para falar com o coração?
Sou canhota.
Quem cala consente?
O silêncio nem sempre é de ouro.
Quem tem a língua solta?
Papagaio.
Quem deveria ficar com a língua presa?
Os maus políticos.
Já resolveu um problema no grito?
O grito é como um carro sem freio.
Uma imagem ou mil palavras?
Uma imagem -e as palavras certas.
Você entende o não dito?
Desde que o corpo fale.

Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.