São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 1996
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SUS é o ponto de discórdia

ALEXANDRE SECCO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As declarações de FHC e do líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), não deixam dúvidas. Os dois afirmam que a saúde recebeu um incremento nas verbas, mas os resultados não foram equivalentes.
Jatene diz que o presidente "não falou nada disso" e acha que o líder tucano na Câmara estava mal-informado sobre o orçamento da saúde.
O que está em jogo é o modelo para o setor. O que se debate é se o país tem condições de financiar integralmente os serviços de saúde.
Hoje vigora o SUS (Sistema Único de Saúde), pelo qual qualquer um tem acesso gratuito aos serviços de saúde.
Mas setores do governo não concordam com esse modelo. A equipe econômica, por exemplo, defende que o atendimento deveria ser restrito: hospital de graça só para os mais pobres.
As declarações de FHC e Aníbal parecem refletir a discussão: manter ou não o SUS. Jatene está convicto de que esse é o único modelo viável. A aprovação da CMF será como um voto de confiança ao SUS.
(AS)

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