São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996
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Argentina tenta frear expansão

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O governo argentino decidiu barrar a expansão da Igreja Universal do Reino de Deus em seu território por causa da agressão a uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, ocorrida em outubro do ano passado, no Brasil.
Também colocou em marcha uma investigação sobre o crescimento e a metodologia religiosa aplicada pela igreja.
Nesta semana, o RNC (Registro Nacional de Cultos), do Ministério de Relações Exteriores e Culto, negou a autorização para a abertura de seis novos templos da Universal na Grande Buenos Aires.
O RNC também impediu a entrada no país de nove pastores brasileiros ao paralisar seus trâmites oficiais de radicação.
O diretor do RNC, José Camilo Cardoso, disse que "as decisões tomadas se devem à agressão à comunidade católica", referindo-se aos chutes dados, em outubro, pelo bispo Sérgio Von Helder em imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Em dezembro, o RNC pediu à presidente da igreja no país, Maria Isabel Coronel, esclarecimentos sobre o fato e sobre as denúncias de lavagem de dinheiro e evasão fiscal no Brasil.
A resposta chegou no dia 12. Ela argumentou que a Universal na Argentina tem autonomia em relação à igreja no Brasil e que segue a legislação argentina e declarou que rechaçava a atitude de Von Helder.

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