São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996
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BM&F vai incentivar fusões

DA REPORTAGEM LOCAL

A BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) pretende investir este ano até R$ 40 milhões para incentivar a fusão ou incorporação de corretoras.
O programa, que tem como público-alvo as corretoras independentes (não ligadas a bancos), prevê a recompra das cartas-patentes.
O segundo maior investimento da BM&F será na construção da nova sede -cujo preço final ainda não é conhecido.
O presidente da BM&F, Manoel Pires da Costa, disse não esperar um ano de crescimento do mercado, em que deve lançar os negócios com títulos da dívida externa, e voltou a defender a internacionalização.
"Não é mais um desejo da BM&F, mas uma premência para o país" afirmou, alertando para o risco de o mercado perder liquidez para o exterior.
O projeto de internacionalização da BM&F permanece parado no BC (Banco Central). Ele prevê a abertura de uma conta corrente no exterior e uma liberdade maior para o investidor estrangeiro.
A BM&F quer, neste ano, aumentar o seu papel político. Contratou uma assessoria específica para tratar da questão da reforma da Previdência.
O objetivo da entidade é discutir a forma de gestão dos recursos arrecadados e a possibilidade de transformá-los em nova ferramenta para a sustentação do crescimento.
Segundo projeções, até 2.010, os fundos de pensão terão R$ 500 bilhões para aplicar.
A BM&F vai ainda assessorar os governos de São Paulo e Santa Catarina nos processos de concessões públicas.
Este ano, além de buscar a ISO 9002 para sua "clearing" (câmara de compensação), a BM&F inaugura escola profissionalizante para filhos de funcionários do sistema financeiro. Já foram assinados convênios com o Senac e o Simpi.

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