São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 1996
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Índios mantêm cinco funcionários da Funai como reféns no Pará

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM; DA AGÊNCIA FOLHA

Agência Folha, em Belém
Os índios tembés do Pará fizeram ontem um quinto funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio) como refém no posto indígena Canindé na reserva do Alto Rio Guamá (300 km de Belém).
Anteontem, o indigenista Wellington Figueiredo, de Brasília, os funcionários Regina Célia Fonseca e Paulo Brabo, de Belém, e o chefe do posto em Canindé, Francisco Potiguara, foram detidos pelos índios quando chegaram, às 10h30, à aldeia. Ontem, administrador de São Luís (MA), José Arão, chegou ao posto e também foi feito refém.
Os tembés pedem a retirada da reserva de alguns fazendeiros, madeireiros, pequenos agricultores e até plantadores de maconha, que invadiram parte dos 279 mil hectares da área indígena.
Os cerca de 700 índios exigem a presença do presidente da Funai, Márcio Santilli.
Santilli pretende se reunir em Belém com os índios, que viajariam com os funcionários. Os índios pediram ontem à tarde à Funai, via rádio, mais prazo para decidir. Segundo Edson Luiz Ferreira, coordenador-geral de Assuntos Externos da Funai, os índios prometeram dar uma resposta até as 8h de hoje.

Colaborou a Agência Folha

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